terça-feira, 15 de março de 2016



CONCLUSÃO 








A invasão das tropas de Napoleão Bonaparte na Espanha, foi o elemento que destravou o processo de ruptura colonial; no entanto é importante considerar o conjunto de alterações ocorridas tanto nas colônias como na metrópole, percebendo a crise do Antigo regime e do próprio sistema colonial, como a Revolução Industrial e a revolução Francesa.

A resistência à ocupação francesa iniciou-se tanto na Espanha como nas colônias; nesta a elite criolla iniciaram a formação de Juntas Governativas, que em várias cidades passaram a defender a ideia de ruptura definitiva com a metrópole, como vimos, para essa elite a liberdade representava a independência e foi essa visão liberal iluminista que predominou.

A independência da América Espanhola apresenta algumas semelhanças com a Independência do Brasil: 

-a grande participação popular, porém sob liderança dos criollos;
-o caráter militar, envolvendo anos de conflito com a Espanha;
-a fragmentação territorial, processo caracterizado pela transformação de 1 colônia em vários países livres;
-adoção do regime republicano - exceção feita ao México.

Enquanto o Brasil seguiu o sistema monárquico após sua independência em 1822, os países que se formaram com a independência das colônias espanholas adotaram a República.



Independência dos principais países da América Espanhola:


- México
- Peru
- Argentina
- Paraguai
- Uruguai
- Venezuela
- Bolívia
- Colômbia
- Equador
- Chile


Principais líderes

Os principais líderes das lutas pela independência nos países da América Espanhola foram Simón Bolivar e San Martín.


- Simón Bolivar: militar e politico venezuelano, foi de fundamental importância nos processos de independência da Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, Panamá e Peru. Ganhou em 1813, na Venezuela, o título honorífico de Libertador.

- José de San Martín: general argentino, foi decisivo nos processos de independência da Argentina, Chile e Peru.


População da América Espanhola

*Criollos (eram descendentes de espanhóis nascidos na América). 
*Chapetones (eram pessoas nascidas na metrópole e que possuíam todos os privilégios e ocupavam os altos cargos políticos e administrativos). 
Camada intermediaria (era formada por comerciantes, advogados, médicos, professores, artesões, etc). 
*Camada dominada (era formada pela grande maioria da população).


Assim nós podemos ver, que talvez por causa da maneira como foi dominada e explorada, a América Espanhola teve muitas dificuldades de se tornar independente. A interferência da Inglaterra e até mesmo da França foram fundamentais, embora fosse por interesse próprio.



INDEPENDÊNCIA DO HAITI





Toussaint Louverture





Em meio às conturbações que movimentavam a Revolução Francesa na Europa, uma pequena ilha-centro americana era responsável por um dos mais singulares processos de independência daquele continente. Sendo uma das mais ricas colônias da França na região, o Haiti era um grande exportador de açúcar, controlado por uma pequena elite de brancos proprietários de terra, responsáveis pela exploração da predominante mão-de-obra escrava do local.

Com o advento da revolução, membros da elite e escravos vislumbram a oportunidade de dar fim às exigências impostas pelo pacto colonial francês. Contudo, enquanto a elite buscava maior autonomia política para a expansão de seus interesses, os escravos de origem africana queriam uma grande execução dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade provenientes da França revolucionária. Em meio a tais contradições, o Haiti se preparava para o seu processo de independência.

Em 1791, uma mobilização composta por escravos, mulatos e ex-escravos se uniu com o objetivo de dar fim ao domínio exercido pela ínfima elite branca que controlava os poderes e instituições políticas do local. Sob a atuação do líder negro Toussaint Louverture, os escravos conseguiram tomar a colônia e extinguir a ordem vigente. Três anos mais tarde, quando a França esteve dominada pelas classes populares, o governo metropolitano decidiu acabar com a escravidão em todas as suas colônias.

A essa altura, a população de escravos haitiana já havia lavrado a sua liberdade. Contudo, as lutas responsáveis pela consolidação dessa nova realidade estariam longe de chegar ao seu fim. No ano de 1801, Louverture empreendeu uma nova mobilização que estendeu a liberdade para os escravos da região da ilha colonizada pelos espanhóis, que hoje corresponde à República Dominicana. Nesse período, Napoleão Bonaparte assumia a França e se mostrou contrário a perda desse importante domínio colonial.

No ano de 1803, Bonaparte enviou um grande exército que, sob o comando de Charles Leclerc, conseguiu deter Toussaint Louverture. Logo em seguida, o líder revolucionário acabou falecendo em uma prisão francesa. Apesar desse grande revés, os revolucionários haitianos contaram com a liderança de Jacques Dessalines para derrotar as forças do exército francês e, finalmente, proclamar a independência do Haiti. Logo em seguida, Dessalines foi alçado à condição de imperador do novo país.

Somente no ano de 1806, quando Dessalines foi traído e assassinado por Alexandre Pétion e Henri Christophe, o Haiti passou a adotar o regime republicano. O reconhecimento da independência daquele país só aconteceria no ano de 1825, quando o governo francês recebeu uma indenização de 150 milhões de francos. Depois disso, mesmo vivenciando diversos problemas, a notícia da independência no Haiti inspirou a revolta de escravos em diferentes regiões do continente americano.


HISTÓRIA DE CUBA 





Antecedentes
Durante quatro séculos a ilha de Cuba foi uma colônia explorada pela Espanha. Após o esgotamento dos metais preciosos, ainda em meados do século XVI, a partir do século XVIII a produção açucareira tornou-se a base de sua economia, baseada na monocultura extensiva e na mão-de-obra do escravo africano. No século XIX, os Estados Unidos já eram o maior comprador do açúcar cubano.


Os primeiros movimentos de emancipação
O primeiro movimento de independência de Cuba, a chamada Grande Guerra registrou-se entre 1868 e 1878, conduzido por Carlos Manuel Céspedes, um latifundiário educado na Europa, que defendia os princípios liberais do Iluminismo.
Em 10 de Outubro de 1868, a partir de seu engenho de açúcar, à frente de duzentos homens, Céspedes levantou-se contra o governo espanhol, proclamando a independência de Cuba. Entre as primeiras providências de seu governo, proclamou a liberdade de todos os escravos que se unissem ao exército revolucionário. Essa medida teve como resultado imediato o aumento do seu efetivo para doze mil homens, e a oposição dos demais latifundiários, que se viram privados, por esse meio, de sua mão-de-obra. Enquanto isso, a Espanha ampliava o seu contingente militar na ilha, e Céspedes era deposto em 1873. A resistência, entretanto, prolongou-se até 1878, quando as tropas espanholas retomaram o controle da ilha.
Nesse meio tempo, surgiu um novo líder revolucionário: José Martí. Detido aos 16 anos de idade por ter fundado um jornal revolucionário (o La Patria Libre), foi condenado a trabalhos forçados e depois deportado para a Espanha. Livre, viveu no México, na Venezuela e nos Estados Unidos, onde passou a articular uma nova revolução para a independência de Cuba. Em 1892 fundou o Partido Revolucionário Cubano, em busca de recursos para o seu projeto. Desse modo, em 1895 desembarcou em Cuba, dando início a uma nova guerra de independência, na qual pereceu, um mês depois de iniciado o conflito. Entretanto, mesmo após a sua morte, os combates prosseguiram até 1898, quando, com a entrada dos Estados Unidos no conflito, a luta pela independência foi abortada e Cuba passou a ser colônia dos EUA.
A explosão do USS Maine
Em 1898, o USS Maine, um navio de guerra estado-unidense ancorado em Havana, repentinamente explodiu. Sem que se soubesse de imediato qual foi a causa, a imprensa e o governo dos Estados Unidos culparam a Espanha.
Sob o pretexto da explosão do navio USS Maine, foi desatado uma guerra contra a Espanha, o presidente William McKinley assinou a Resolução Conjunta em 20 de abril de 1898, a qual declarava:
... que o povo de Cuba é e por direito deve ser livre e independente, ... que os Estados Unidos por intermédio da presente declaram não ter vontade nem intenção de exercer soberania, jurisdição ou domínio sobre esta Ilha, exceto para sua pacificação, e assevera sua determinação, quando a mesma seja atingida, de entregar o governo e o domínio da Ilha a seu povo.
A Resolução Conjunta autorizou o Presidente a usar a força para eliminar o governo espanhol em Cuba.
Assim, os Estados Unidos declararam guerra contra a Espanha, passando a atacar os territórios espanhóis quer no Caribe quer no Pacífico, invadindo-os.
Derrota dos espanhóis
Derrotados, os espanhóis retiraram-se e os Estados Unidos declararam a independência de Cuba, que se tornou um protetorado americano, sendo nomeado um Governador-Geral pelos EUA, o General norte-americano John Brooke. O governo estado-unidense começou a criar propostas econômicas que beneficiavam apenas aos EUA, como por exemplo, todos os produtos que Cuba produzia eram exportados apenas para os Estados Unidos, a preços baixíssimos, que os revendia por preços maiores.
Protetorado estado-unidense e Emenda Platt
Em 1901 os cubanos foram persuadidos a incluir, em sua nova Constituição, uma Cláusula que garantia aos Estados Unidos o direito de intervenção em Cuba, sempre que os interesses dos primeiros estivessem ameaçados, mesmo após o término de sua ocupação militar, a ocorrer em 1902.
Cuba permaneceu ocupada pelos Estados Unidos até 1902, sendo liberada depois da aprovação de uma emenda à Constituição cubana que dava o direito, aos Estados Unidos, de invadir Cuba a qualquer momento em que os interesses econômicos dos Estados Unidos fossem ameaçados. A chamada Emenda Platt permaneceu mantendo Cuba um protetorado estado-unidense até 1933.
Golpe militar
Em 1933, um golpe militar encabeçado pelo sargento estenógrafo Fulgêncio Batista derrubou a ditadura de Geraldo Machado. Fulgêncio Batista era mulato e pela primeira vez na história cubana os afro-descendentes chegavam ao poder. Ao se tornar chefe do exército, Batista dominou a situação usando uma orientação (segundo alguns) socialista, portanto oposta às ingerências norte-americanas.
Eleição de 1940
Em 1940, Batista foi eleito presidente da República. Promulgou a Constituição Liberal, e em 1952 conduziu novo golpe de Estado apoiado por diversos partidos políticos dentre os quais o Partido Socialista Popular (Partido Comunista Cubano).
Após o golpe de Batista, Cuba progrediu economicamente, porém sua economia ainda era fraca e tinha forte desequilíbrio na distribuição de renda. A ilha, mesmo sendo a maior economia do Caribe, em 1958 era apenas a oitava economia entre os 20 maiores países latino-americanos relativamente ao PIB e um dos mais pobres do caribe, considerando o PIB per capita. Além disto, havia também um grande desequilíbrio entre a área rural e urbana.
A área urbana possuía forte infra-estrutura e o capital proveniente do submundo ítalo-americano (dos Estados Unidos) financiava grande parte da economia. Em 1958, havia um total de 500 prostitutas em Havana, sendo a indústria da prostituição a mais rentável da ilha.
A prostituição, a corrupção e negociatas caracterizaram a era Batista, e, pouco a pouco, a classe média afastou-se do regime.
Revolução Cubana
Devido à estrutura politico-econômica seguida por Batista, começou a haver descontentamento das classes média e baixa da população cubana. Na esteira dos protestos, os jovens começaram a se mobilizar e a adquirir idéias revolucionárias oriundas do bloco soviético.
Movimento estudantil
Os estudantes, liderados por José Antonio Etcheverria, criaram um Diretório Estudantil Revolucionário que patrocinou um grupo armado e atacou, em março de 1953, o palácio presidencial. Etcheverria foi morto e o diretório disperso.
Fidel Castro
Outro grupo de estudantes iniciou nova movimentação, liderados por um estudante de Direito chamado Fidel Alejandro Castro Ruz, (Fidel Castro).
Numa ação de guerrilha urbana, o grupo atacou uma guarnição militar chamada de La Moncada. Na ação, alguns dos atacantes foram mortos e Fidel Castro capturado. Julgado, foi condenado a 15 anos de prisão; libertado em seguida por interferência de alguns religiosos, viajou para o México. Lá conheceu um médico argentino comunista chamado Ernesto Guevara, conhecido como Chê.
El Che
O guerrilheiro argentino Che Guevara ajudou Fidel na formação de um movimento revolucionário chamado Movimento 26 de Julho, composto de jovens estudantes que iniciaram uma luta contra Batista que durou 25 meses.
Em 7 de Novembro de 1958, Ernesto Guevara Lynch de la Serna, Che Guevara ou el che,começou sua marcha para Havana, capital deCuba. No dia 1 de janeiro de 1959, Batista põe-se em fuga, acompanhado por todos os dignitários de sua ditadura. Em 1959, Fidel Castro liderou a Revolução Cubana contra o ditador Fulgencio Batista. Fidel Castro não era comunista, aliás, os comunistas apoiavam Batista e não confiavam em Fidel. Fidel Castro mobiliza a juventude cubana e consegue eliminar o analfabetismo - que era de 40 % - em apenas um ano, utilizando-se de cem mil jovens nessa empreitada. Fidel Castro realizou a reforma agrária, desapropriando propriedades dos americanos, indenizados pelo valor que declararam no Imposto de Renda do exercício anterior, muito abaixo do valor real, provocando descontentamento entre os proprietários mais ricos e o que levou os EUA a considerarem o líder cubano um inimigo e tentarem derrubá-lo, treinando ex-militares de Batista para invadir Cuba. Cortaram também a compra do Açúcar Cubano. Isso obrigou Fidel a se aproximar da União Soviética e dois anos mais tarde instaurar um regime ditatorial de orientação marxista e partido único.
Baía dos Porcos
Entre 17 e 21 de Abril de 1961, cerca de 1500 exilados cubanos recrutados, patrocinados e treinados pela CIA dos Estados Unidos tentaram uma invasão frustrada na Baía dos Porcos. Foram rechaçados e 300 deles morreram, sendo 1200 aprisionados. Eram a maioria soldados do ex-ditador Batista e, julgados pela multidão no estádio em que foram mantidos presos, quando Fidel perguntou o que fazer com eles a multidão gritou: Paredão! Fidel Castro, entretanto, preferiu tentar trocá-los por tratores, um trator para cada 50 traidores, e devolvê-los à Miami. Não conseguiu os tratores, mas recebeu USS$ 50 milhões em alimentos e medicamentos, pela libertação dos exilados.
Crise dos mísseis de Cuba
Devido a aproximação das relações do regime cubano com a URSS, que estava em plena Guerra Fria com os EUA, assistiu-se a um aumento de tensão entre os países provocado pelo apoio militar declarado pela URSS. Khrushchov decidiu implementar secretamente um conjunto de mísseis soviéticos em Cuba. Perante a possibilidade de Cuba possuir armas nucleares, de origem russa, que ameaçariam os EUA , Kennedy presidente dos Estados Unidos, ponderou em invadir a ilha ou bombardear as rampas de lançamento (dos mísseis). Kennedy optou por decretar um embargo naval à ilha o que impede os cargueiros russos de chegar a Cuba.
Khrushchev acabou por ceder e retirou a sua pretensão de possuir mísseis em território cubano em troca do compromisso dos EUA de respeitarem a soberania de Cuba e não invadirem a ilha.
Embargo econômico
Inconformados com a expropriação de corporações americanas e de terras rurais de posse de americanos na ilha cubana com indenização baseada no valor declarado ao Fisco no exercício anterior, ou seja, muito inferior ao real, primeiramente, depois com o fracasso da operação na Baía dos Porcos (1961), os Estados Unidos impuseram um embargo econômico a Cuba, ameaçando cortar relações com qualquer país que fizesse comércio com Cuba. Foi quando a União Soviética entrou em cena, comprando os produtos que seriam exportados caso não houvesse embargo. Isso causou desespero aos americanos, pois ter um país, durante a guerra fria, sob a órbita de influência soviética a 120km de distância era intolerável. Os EUA mantêm o embargo econômico à Cuba até hoje, alegando desrespeito contínuo de direitos humanos pelo regime castrista.
Abertura dos mercados
Com o fim da União Soviética, Cuba acabou por reabrir economicamente o país para o mundo, pois já não dispunha mais do subsídio e sua economia estava em declínio. Porém, dada a força do bloqueio econômico estado-unidense, o país vive isolado economicamente, passando por muitas dificuldades.



Independência do México



México Colonial


A região onde hoje se encontra o México fazia parte do vice-reino da Nova Espanha, território que entre 1535 a 1821 se estendia do atual estado do Arizona a Costa Rica na América Central.


Estrutura Social e Política das colônias Mexicanas sob domínio Espanhol:


Pirâmide Social:


Economia: A mais importante atividade econômica nesta região da América Espanhola era a exploração mineradora, sobretudo do ouro, a exportação de produtos agrícolas como tabaco e cana também tinham considerável importância.




Independência do México


A Independência do México foi conquistada através de um processo de contestação à colonização que envolveu guerra, no início do século XIX um movimento de emancipação ganhou força e pressionou a metrópole colonizadora por sua liberdade, pois as divergências políticas e religiosas haviam se tornado agudas. No dia 16 de Setembro de 1810 O padre Miguel Hidalgo declarou guerra na paróquia de Dolores Hidalgo , esta declaração ficou conhecida como o Grito de Dolores e então passou a liderar um movimento em defesa do México e seria apenas o início de um movimento que duraria oito anos e passaria por diversas fases e dificuldades até resultar na independência, foi um movimento heterogêneo que formou uma aliança de defensores da democracia, que eram os liberais, com defensores da monarquia, que eram os conservadores. Após a morte de Miguel Hidalgo quem assumiu o movimento foi José Maria Morelos e foi responsável por organizar uma estratégia que isolaria a Cidade do México para que fosse promulgada a Independência, mas ela foi invalidada e ele foi assassinado. Foi então que o processo de independência assumiu características da Guerra de Guerrilha.
Em 1821, a tentativa espanhola de recolonização teve aparente sucesso, com o triunfo do general Itúrbide. Este, entretanto, acabou por se aliar a Guerrero, segundo um acordo conhecido como Plano Iguala: proclamação da independência, igualdade de direitos entre criollos e espanhóis, supremacia da religião católica, respeito à propriedade e governo monárquico, sendo a coroa oferecida a Fernando VII da Espanha. Entretanto, Itúrbide assumiu o governo com o título de Agustín I, em 1822.
A monarquia mexicana teve curta duração, com a deposição de itúrbide e a proclamação da república de 1824, sendo eleito para os eu primeiro presidente o general Guadalupe Victoria. Entretanto, a instabilidade política marcava o país, não apenas em decorrência das lutas entre caudillos, mas também devido a conflitos externos. Entre os anos de 1846 e 1848, travou- se uma guerra com os Estados Unidos, da qual resultou a perda de vastos territórios para aquele país.


Carta da Independência do México









Pós Independência


-Fim da escravidão.
-Igualdade social entre Criollos e Espanhóis.
-Maior igualdade social como um todo.
-Liberdade comercial e possibilidade no desenvolvimento de outros setores.
-Maiores exportações de gêneros agrícolas.
-Guerras com os Estados Unidos que resultaram em perdas enormes de territórios.


INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA DO SUL 


Diversos autores procuram demonstrar que desde o século XVIII surgiram precursores dos ideais pan-americanos, citando-se como um dos pioneiros o Padre Alexandre de Gusmão, brasileiro que servia na corte de D. João I de Portugal, e um dos responsáveis pela elaboração do Tratado de Madri (1750).

``É certo que o Tratado de Madri fala em `paz perpétua` entre as duas Coroas, mas este compromisso de paz entre potências traduz apenas a promessa de não disputar, nem uma nem outra, pedaço do bolo que já haviam dividido entre si.
Nada tem a ver um tratado dessa espécie com a doutrina muito mais tarde nascida, e que procurava firmar um princípio de não intervenção estrangeira, de cooperação, de paz e harmonia entre Estados já constituídos. " (SOUZA GOMES, L., América Latina, SeusAspectos, Sua História, SeusProblemas, Fundação Getúlio Vargas, p. 253.)

Aponta-se também o peruano Plabo Olavide que, influenciado pelas idéias do Iluminismo, organizou em Madri a Junta das Cidades e Províncias da América Meridional, sociedade secreta destinada a estimular a independéncia da América (1795). Ainda que considerasse a emancipação do Novo Mundo como um empreendimento a ser realizado em conjunto pelas sociedades americanas, Olavide tinha uma visão muito estreita de união pan-americana: ficava restrita apenas às sociedades da América do Sul.
No século XIX, em meio ao processo de emancipação da América Espanhola, outras manifestações de ideais pan-americanos evidenciaram-se através de projetos formulados por representantes da elite hispano-americana. Juan Martínez de Rosas, integrante da Primeira Junta Governativa e autor da Declaração dos Direitos do Povo Chileno, defendeu o princípio de solidariedade entre o Chile e as demais sociedades hispano-americanas e a necessidade de unir todos os povos americanos em uma confederação a fim de garantir a independência contra os planos da Europa e de evitar conflitos inieramericanos. Esses princípios igualmente foram sustentados por Bernardo O`Higgins que assumiu a liderança da luta pela independência do Chile.
Jose de San Martín e o Coronel Bernaldo Monteagudo, argentinos que participaram das guerras de libertação do seu país, do Chile e do Peru, expuseram a idéia de realizar um congresso pan-americano para melhor resistir a eventuais ameaças da Espanha contra suas colônias que se emancipavam. "Antes (...) já Francisco Miranda (...) antevira a solidariedade continental, quando apresentou ao gabinete inglês, em 1790, o plano para libertar a América da tutela espanhola (...) Miranda estabelecia uma América única, geográfica e administrativa, um vasto Estado comum, do Mississipi ao Cabo Horn Vemos então que os pronunciamentos no sentido de estabelecer a união entre as sociedades amencanas ganharam maior expressão durante a luta pela independência das colônias européias no Novo Mundo. Foi tanto a necessidade de defesa contra a ameaça representadapela Europa assim como as raízes históricas e geográficas ccmuns que forjaram o ideal pan-americano, o qual deve ser entendido como um movimento de solidariedade continental a fim de manter a paz nas Américas, preservar a independência dos Estados amnericanos e estimular seu inter-relacionamento.
O projeto de solidariedade continental, no entanto, foi desenvolvido sob duasmodalidades distintas: o Bolivarismo e o Monroísno.





2. O BOLIVARISMO

O Bolivarismo representa a visão pan-americana concebida por Simon Bolívar (1783-1830), venezuelano que dirigiu a luta pela independência da Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia e Equador.
Em vários escritos (cartas e proclamações) defendeu a necessidade de união face à possível contra-ofensiva da Espanha, apoiada pela Santa Aliança.
Essa idéia de união das sociedades americanas, Bolívar apresentara antes mesmo da Carta da Jamaica. ``A sua exposição prática já é perceptível em um artigo que Bolívar escreveu para o Morning Chronicle, de Londres (5 de setembro de 1810), dizendo que se os venezuelanos fossem obrigados a declarar guerra à Espanha convidariam todos os povos da América a eles se unirem em uma ccnfederação. O plano surge novamente no Manifesto de Cartagena, escrito por Bolívar em 1812, e mais claramente em 1814, quando, como libertador da Venezuela, enviou a circular que condicionou a liberdade dos novos Estados ao que ele chamou de `união de toda a América do Sul em um único corpo político` (...) E, em 1818, respondendo à mensagem de saudação, enviada a Angostura pelo director argentino, Pueyrredón, declarava que, tão logo a guerra de independência estivesse terminada, procuraria formar um pacto americano, e esperava que as Províncias do Rio da Prata se unissem a ele."


Simon Bolívar




Na prática, criou a Grã-Colômbia (1819), de duração efêmera; em 1830, no mesmo ano após a morte do criador, terminou a Grã-Colômbia, fragmentada em três Estados; Venezuela, Equador e Colômbia, à qual se integrava o Panamá. Seus esforços no sentido de unir o Peru e a Bolívia foram infrutíferos diante da resistência oposta pelo prufundo regionalismo daquelas sociedades sul-americanas.
Entretanto, Bolívar não desanimou de lutar pela fraternidade pan-americana e, em dezembro de 1824, enviou nota-circular aos govemos americanos convidando-os a se reunir para organizar uma confederação.
Quase dois anos depois reuniu-se o Congresso do Panamá, com sessões entre 22 de junho e 15 de julho de 1826. Nesta data, aprovou-se a continuação das discussões em Tacubaya, no México, mas a decisão não foi cumprida.
Considerado por diversos historiadores como a primeira grande manifetação do Pan-Americanismo, o Congresso do Panamá aprovou:

um Tratado de União, Liga e Confederação Perpétua entre os Estados hispano-americanos;
a cota que caberia a cada país para a organização de uma força militar de 60.000 homens para a defesa comum do hemisfério;
a adoção do princípio do arbitramento na solução dos desacordos interamericanos;
o compromisso de preservar a paz continental;
a abolição da escravidão.

Ao Congresso compareceram apenas os representantes da Grã-Colômbia, Peru, México e Províncias Unidas de Centro-América. Os EUA também enviaram observadores. O Congresso do Panamá, manifestação concreta de solidariedade continental, contudo, acabou sendo um fracasso, para isso contribuindo:
a resistência dos EUA que pretendiam expandir-se pelas Antilhas e temiam a difusão de movimentos de abolição da escravidão;
a opusição do Brasil, cuja Monarquia era contrária a regimes republicanos e temia a propagação das idéias anti-escravistas; D. Pedro I chegou inclusive a enviar a Missão Santo Amaro à Europa com a incumbência de negociar com Metternich, Primeiro-Ministro da Austria e verdadeiro dirigente da Santa Aliança, o uso de forças militares brasileiras para substituir os governos republicanos americanos por Monarquias confiadas a Príncipes europeus;as manobras da Inglaterra, não só porque George Canning, Ministro das Relações Exteriores, não tinha interesse na organização de uma América forte e coesa, como também porque temia a formação de um sistema americano sob a direção dos EUA, o que poderia criar problemas à expansão econômica inglesa;
não terem sido ratificadas, posteriormente, as decisões tonladas.

Os ideais do Pan-Americanismo bolivarista, porém, ccntinuaram vivos, e novos congressos foram reunidos para discutir assuntos diversos dentro do espírito desolidariedade continental. Dessas reuniões o Brasil e os EUA foram excluídos: os Estados Unidos, por causa de seu expansionismo territorial, envolvendo inclusive a anexação de terras mexicanas, e o Brasil; devido a suas constantes intervenções no Prata, políticas essas contrárias à solidariedade continental.
Com representantes da Bolívia, Chile, Peru, Equador e Colômbia reuniu-se a Conferência de Lima (1847). "Nela foram tratados princípios do Direito americano,intervenção, agressão, reparações, limites, como também dispositivos práticos sobrecomércio, navegação fluvial, serviços postais e consular, extradição.
Em 1856, celebrou-se a Conferência de Santiago, quando o Peru, o Chile e o Equador firrnaram o compromisso de estabelecer a união da ``grande família americana``. No mesmo ano, Chile e Argentina concluíram acordo comercial estabelecendo o fim das barreiras alfandegárias entre os dois países; a chamada "cordilheira livre" funcionou até 1868, quando foi suprimida, uma vez que o govemo chileno pretendeu estender aos produtos importados de outras nações os privilégios concedidos apenas aos produtos argentinos e chilenos.
Por iniciativa peruana reuniu-se a Segunda Conferência de Lima (1864), a fim de estabelecer uma confederação de caráter defensivo. Peru, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, Argentina e Venezuela concordaram em organizar umaconfederação, pois se sentiam ameaçados pelas freqüentes intervenções estrangeiras que se processavam no continente e constituíam um perigo à segurança dos Estados americanos. 
Assim é que, em 1855, o aventureiro norte-americano William Walker invadiu e conquistou a Nicarágua; em 1861, a Espanha ocupou São Domingos e estabeleceu seu protetorado até 1865; em 1861-1862, Espanha, França e Inglaterra desembarcaram tropas na República Mexicana, onde Napoleão III instaurou a efêmera Monarquia de Maximiliano de Habsburgo (1863-1867); em 1864, uma esquadra espanhola ocupara as ilhas peruanas de Chinchas, em incidente que acabou levando ao conflito do Peru e Chile contra a antiga metrópole (1866). "O Império Brasileiro evitou a reunião de Lima, para não ver discutida a sua política no Prata. Na Câmara brasileira, entretanto, foi mais tarde criticada a nossa ausência (...) Dos tratados assinados (...) nenhum chegou a ser integralmente aplicado (...) Ao espírito primitivo de regionalismo, sucedia um sentimento de nacionalismo."

Animados de sentimentos pan-americanos bolivaristas, outros congressos reuniram juristas sul-americanos: Lima (1874), Caracas (1883) e Montevidéu (1888). Em Montevidéu chegou a se projetar um Código Interamericano, incluíndo questõescomuns do Direito Intemacional e Privado.
Desse modo, apesar dos fracassos occrridos, os ideais do Pan-Americanismo bolivarista lançaram as bases da solidariedade continental assentada em posição de igualdade entre todos os Estados. 

3. O MONROÍSMO

O Monroísmo representa a visão norte-americana do Pan-Americanismo, bem distinta do Bolivarismo e fundada no predomínio dos EUA sobre os demais Estados americanos.Sua primeira manifestação foi a Mensagem Presidencial de James Monroe enviada ao Congresso dos EÚA (1823). Nela, Monroe negava aos europeús o direito de intervençâo no ccntinente americano, seja para criar áreas de colonização, seja parasuprimir a independência recém-ccnquistada pela maioria dos Estados arnericanos.
A análise do documento evidencia que os Estados Unidos opunham-se à Europa da Santa Aliança: 

1°) devido à preocupação norte-americana com a sua própria segurança, uma vez que a política da Santa Aliança, marcada por intervenções armadas, visava a presérvar as instituições monárquicas e ccmbater os regimes republicanos; ora, precisamente em 1823 occrrera a intervenção francesa (determinada no Congoesso de Verona, de 1822) na Espanha, onde foram restaurados os poderes monárquiccs de FernandoVII, a qual poderia se desdobrar em intervenção nas Repúblicas da América;

2°) devido aos projetos territoriais expansionistos dos EUA, que pretendiam avançar suas fronteiras até o litoral do Pacífico. Esses objetivos contrariavam interesses ingleses no noroeste da América, pois norte-americanos e britânicos disputavam o domínio do Oregon. Por isso, John Quincy Adams, Secretário de Estado, havia aconselhado o Presidente Monroe a rejeitar as propostas de George Canning, Ministro inglês, no sentido de Estados Unidos e Inglaterra formularem uma nota conjunta opondo-se à política de intervenção da Santa Aliança: "Deve ser mais simples (...) do que surgirmos como um simples escaler na esteira de um poderoso navio de guerra inglês." Além do mais, o govemo de Washington preocupava-se com o avanço da Rússia: em documento de setembro de 1821, o Czar Alexandre I afirmara direitos russos sobre terras e águas do noroéste da Àmérica Setentrional, desde o Alasca até a Califómia. Impunha-se, então, aos dirigentes norte-americanos impedir a ampliação do colonialismo europeu por territórios do Novo Mundo;

3°) devido ao interesse norte-americano em garantir um comércio livre com paísesindependentes. A inter-relação da economia com a política torna-se evidente ao constatarmos que o govemo dos EUA foi dos primeiros a estabeleoer relações diplomáticas com os novos Estados surgidos com a conquista da independência.

Desse modo, a Mensagem de Monroe representou antes de mais nada "a expansão de uma política nacional cuja aplicação cabia unicamente ao govemo dos Estados Unidos. Além disso, a atitude e as palavras de Monroe não continham qualquer garantia que livrasse os demais povos americanos das agressões ou intervenções dos Estados Unidos. Isto viu-se efetivamente quando nos anos de 1824 a 1826 a diplomacia dos Estados Unidos expressou suas ambições sobre Cuba (...) Os Estados Unidos opunham-se a que as Antilhas espanholas fossem tomadas independentes pela ação da Colômbia e México, cujos governos pretendiam realizar uma expedição emancipadora. O temor da anexação de Cuba ao México, ou a alguma das Repúblicas libertadoras, não era menor que o de uma independência precária, com ameaça de intervenção européia".
A Doutrina Monroe, usualmente resumida na expressão "América para os americanos``, na realidade atendeu apenas aos interesses norteamericanos. Não houve solidariedade continental quando os dirigentes estadunidenses opuseram-se ao projeto de união americana no Congresso do Panamá, nem quando o, nem quando o Tratado Guadalupe-Hidalgo (1848) assegurou-lhes a Califórnia, Novo México, Arizona, Utah, Nevada e Texas que foram tomados ao México após vitoriosa campanha militar. Muito menos houve solidariedade continental quando o Tratado Clayton-Bulwer (1850), assinado com a Inglaterra, fixou as respectivas áreas de influência das duas sociedades e os EUA assumiram o compromisso de não empreender sem os ingleses a construção de um canal na América Central.
Já ao findar o século XIX, quando o capitalismo e a industrialização norte-americana conheceram acelerado desenvolvimento, nova manifestação do Monroísmo ocorreu graças aos esforços de James Blaine, Secretário de Estado dos EUA.
Reuniram-se, então, em Washington, 18 países americanos entre outubro de1889 e abril de 1890, na Primeira Conferência Internacional Americana, cujas decisões mais importantes foram: 

- condenar a guerra e afirmar a nulidade de cessões territoriais decorrentes de operações de conquista ou sob ameaça de guerra;
- aprovar o recurso ao arbitramento para solução de eventuais divergências interamericanas;
- recomendar a construção d uma ferrovia intercontinental para melhor relacionamento entre os povos americanos;
- aprovar a criação de um órgão coordenador das relações comerciais. "Esse organismo foi a União Pan~Americana, iniciada sob a denominação de Escritório Comercial das Repúblicas Americanas, com sede em Washington e mantida pelos recursos proporcionados pelos Estados-membros." Nessa conferência, os norte-americanos procuraram aprovar uma reunião aduaneira continental. Era o Destino Manifesto em sua segunda etapa econômica - a primeira fora territorial e custara ao México a perda da metade de suas terras - visando a ampliar a expansãn econômica dos EUA, altamente industrializados, na América Latina, agrária e tradicional consumidora de produtos industriais europeus. O projeto fracassou devido sobretudo à resistência do delegado da Argentina, Roque Sáenz-Peña.
"Essa Assembléia seria o início de uma série de outras que, com o andar dos tempos, alteraria o conceito de solidariedade continental, partindo para um instrumento que é hoje a Organização dos Estados Americanos, a OEA, com poderes amplos, que incluem a intervenção nos Estados-membros, a ajuda ou cooperação técnica, a ordem continental, o incentivo ao desenvolvimento. ncerrada a Assembléia, ia experimentar-se a primeira prova de seu êxito: o caso de Cuba."
O Big-Stick ia começar a funcionar para assegurar, não a união, mas o predomínio dos EUA sobre a América Latina.

                   INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA  


    *Movimentos precursores de independência



O processo de independência hispano-americano dividiu-se, grosso modo, em três fases principais: os movimentos precursores (1780 - 1810), as rebeliões fracassadas (1810 - 1816) e as rebeliões vitoriosas (1817 - 1824). 

"Os movimentos precursores da guerra de independência: revoltas de Tupac Amaru e de Francisco 
Miranda".



Túpac Amaru, Líder Inca


No entanto, no ano de 1780, um líder curaca chamado José Gabriel Condorcanqui se indispôs aos interesses das elites metropolitanas. Dizendo ser descendente do lendário líder inca Túpac Amaru, conhecido por resistir ao início da dominação espanhola na América, Condorcanqui liderou uma insurreição indígena no Peru. Sendo uma grande exceção entre as populações indígenas da região, Condorcanqui estudou na Universidade de São Marcos (Lima, Peru) e lá teve contato com a história de Túpac Amaru e com ideais do pensamento iluminista.


Inspirado por essas idéias, Condorcanqui mudou seu nome para Túpac Amaru II e organizou um movimento emancipacionista que contou com o apoio da elite criolla. A rebelião começou em 1780, com a execução de um dos chefes espanhóis da administração colonial. Em pouco tempo, milhares de mestiços, indígenas, escravos e colonos empobrecidos decidiram não mais obedecer às exigências e tributos da Coroa Espanhola.


A popularização dos ideais da rebelião Túpac Amaru começava a representar uma ameaça real aos interesses das elites criollas. Com isso, o movimento acabou se desintegrando e perdendo sua articulação política. Túpac Amaru II foi preso e julgado pelas autoridades metropolitanas. Servindo de exemplo para as demais populações indígenas, Tupac teve a língua cortada e teve seu corpo arrastado por uma tropa de cavalos. Depois do episódio, outras lutas sangrentas resultaram na execução de 80 mil rebeldes.Assim, poucos anos depois, movimento percursores de independência se organizaram na Venezuela.



Francisco Miranda, Militar Venezuelano 
A primeira tentativa de independência venezuelana e uma das primeiras da América espanhola foram comandadas pelo militar nacionalista Francisco de Miranda, que tinha experiência em lutas á frente do exército revolucionário francês, ao lado de Napoleão Bonaparte.

Apesar de declarar a independência da Venezuela, em julho de 1811, tropas espanholas retomaram Caracas, e Miranda viu-se obrigado a assinar o armistício no ano seguinte, devolvendo o poder a metrópole. Por conta desse acordo, Francisco de Miranda acabou sendo considerado traidor e foi preso por Simón Bolívar, que foi um dos principais líderes de movimentos emancipacionistas de países latino-americanos. Bolívar entregou Miranda ao exército real espanhol, que o enviou para a prisão em Cádiz, na Espanha, onde morreu no ano de 1866, com 66 anos.

segunda-feira, 14 de março de 2016




Introdução 

O General José de San Martin 


A Independência da América Espanhola, esta relacionadas às transformações que ocorreram no século XVIII na Europa que levaram a ruina, o absolutismo, nesse período observamos a ascensão de um novo conjunto de valores, que questionava diretamente o pacto colonial e o autoritarismo das monarquias, como por exemplo: O Iluminismo, a Revolução Francesa, a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Industrial.


                                               

Revolução Francesa 














A quebra do pacto colonial representou para Espanha, a perda do controle por suas colônias, porque o pacto colonial significava que as colônias só podiam comercializar diretamente com suas metrópoles, mas com a invasão de Napoleão na Espanha, isso dificulta o controle sobre suas colônias o que facilitou para que a elite local conseguisse sua liberdade econômica e posteriormente sua liberdade política.

O domínio espanhol estava representado da seguinte maneira: a coroa administrou 4 vice reinos Nova Granada , Nova Espanha, Peru, Rio da Prata (Argentina, Uruguai, Paraguai) além de 4 capitanias que tinham função de defesa Chile, Venezuela, Guatemala e Cuba. A população da América espanhola estava dividida  entre espanhóis chamados de chapetones que formava a verdadeira elite controlava o comercio colonial, os criollos que era uma elite local que eram descendentes de espanhóis nascidos na américas, os mestiços que representavam uma classe media e os índios que apesar de não serem escravos pela lei trabalhavam com o regime compulsório e faziam funções semelhantes a que escravos africanos realizavam na base da pirâmide social.











Olá, Somos estudantes do Colégio Presbiteriano Quinze de Novembro, cursamos o 2 ano ''B'' do ensino médio. Criamos esse blog para realizar o trabalho do nosso professor de história Gustavo ''O animal'', cujo o assunto que será abordado "INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA''.