terça-feira, 15 de março de 2016

                   INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA  


    *Movimentos precursores de independência



O processo de independência hispano-americano dividiu-se, grosso modo, em três fases principais: os movimentos precursores (1780 - 1810), as rebeliões fracassadas (1810 - 1816) e as rebeliões vitoriosas (1817 - 1824). 

"Os movimentos precursores da guerra de independência: revoltas de Tupac Amaru e de Francisco 
Miranda".



Túpac Amaru, Líder Inca


No entanto, no ano de 1780, um líder curaca chamado José Gabriel Condorcanqui se indispôs aos interesses das elites metropolitanas. Dizendo ser descendente do lendário líder inca Túpac Amaru, conhecido por resistir ao início da dominação espanhola na América, Condorcanqui liderou uma insurreição indígena no Peru. Sendo uma grande exceção entre as populações indígenas da região, Condorcanqui estudou na Universidade de São Marcos (Lima, Peru) e lá teve contato com a história de Túpac Amaru e com ideais do pensamento iluminista.


Inspirado por essas idéias, Condorcanqui mudou seu nome para Túpac Amaru II e organizou um movimento emancipacionista que contou com o apoio da elite criolla. A rebelião começou em 1780, com a execução de um dos chefes espanhóis da administração colonial. Em pouco tempo, milhares de mestiços, indígenas, escravos e colonos empobrecidos decidiram não mais obedecer às exigências e tributos da Coroa Espanhola.


A popularização dos ideais da rebelião Túpac Amaru começava a representar uma ameaça real aos interesses das elites criollas. Com isso, o movimento acabou se desintegrando e perdendo sua articulação política. Túpac Amaru II foi preso e julgado pelas autoridades metropolitanas. Servindo de exemplo para as demais populações indígenas, Tupac teve a língua cortada e teve seu corpo arrastado por uma tropa de cavalos. Depois do episódio, outras lutas sangrentas resultaram na execução de 80 mil rebeldes.Assim, poucos anos depois, movimento percursores de independência se organizaram na Venezuela.



Francisco Miranda, Militar Venezuelano 
A primeira tentativa de independência venezuelana e uma das primeiras da América espanhola foram comandadas pelo militar nacionalista Francisco de Miranda, que tinha experiência em lutas á frente do exército revolucionário francês, ao lado de Napoleão Bonaparte.

Apesar de declarar a independência da Venezuela, em julho de 1811, tropas espanholas retomaram Caracas, e Miranda viu-se obrigado a assinar o armistício no ano seguinte, devolvendo o poder a metrópole. Por conta desse acordo, Francisco de Miranda acabou sendo considerado traidor e foi preso por Simón Bolívar, que foi um dos principais líderes de movimentos emancipacionistas de países latino-americanos. Bolívar entregou Miranda ao exército real espanhol, que o enviou para a prisão em Cádiz, na Espanha, onde morreu no ano de 1866, com 66 anos.

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